O estudo do potencial humano na Psicologia contemporânea: A corrente Humanista e a corrente Transpessoal

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Nas palavras de Santos (1988, pp. 46-71), a ciência moderna, desconfiando das evidências da experiência imediata em que se baseava o conhecimento vulgar e lutando contra todas as formas de dogmatismo e argumentos de autoridade, colocou-se sob o jugo da razão e adotou a matemática como principal instrumento de análise. Sua lógica presidiu as investigações científicas e, nessa perspectiva, somente aquilo que fosse quantificável passou a ser visto como cientificamente relevante. No interior dessa lógica, a redução da complexidade dos fenômenos naturais tornou-se a condição necessária para realização de pesquisa científica. Da necessidade de intercâmbio de pesquisas e pontos de vista desses estudiosos isolados e deslocados nos meios mais oficiais, como outrora ocorrera com os psicólogos que se associaram no lançamento da proposta humanista, emergiam as condições para a articulação de um novo movimento congregador, envolvido agora na investigação privilegiada das experiências  inusuais e ampliadas da consciência humana. Ainda examinando o passado histórico da Psicologia, vamos encontrar nas psicologias pré-científicas desenvolvidas sob a égide da Filosofia, toda gama de concepções sobre a natureza humana e suas relações com o universo circundante, em que são privilegiadas perspectivas metafísicas e enfatizado o potencial de espiritualidade e transcendência da consciência. Tais concepções, permanecendo atuais e dando margem a estudos adequados ao arcabouço teórico e conceptual da Ciência atual, podem ser considerados como patrimônio pela moderna Psicologia científica e, nos aspectos relacionados à espiritualidade, como contribuições à Psicologia Transpessoal.

Qual é o salário de um psicólogo?

Não encontrando apoio na psicologia acadêmica convencional para responder de modo adequado aos problemas postos pela sociedade, o psicólogo vem desenvolvendo no curso do século XX uma psicologia paralela, casuística, que por vezes nem chega a ser introspectiva, limitando-se a uma reflexão sobre a experiência individual. E esta psicologia paralela, em cumprimento a um estranho paradoxo, vem conquistando — aliás, com justiça — o principal lugar na formação acadêmica dos novos psicólogos. Ao lado de uma reduzida literatura que se esforça por ser científica, no entanto divorciada dos problemas que logo terá a equacionar, por isso mesmo pouco atraente, o estudante entra em contato com uma literatura viva e atual, muito mais sedutora, mas construída sobre alicerces inseguros. Ou — e aqui é ainda mais desconcertante o paradoxo — muitos, a maioria, talvez, entre os se dedicam à pesquisa em psicologia, sobretudo à pesquisa experimental ou teórica, sempre estiveram distantes dos campos de aplicação profissional. É mais cômodo apontar falhas e ditar normas do que as cumprir, do que se expor, do que expor suas idéias ao inflexível juízo da prática, “sujar as mãos” com a argamassa. Em relação às temáticas de estudo, observou-se que as que vêm despertando maior interesse dos psicólogos sociais brasileiros são as práticas sociais (15%), as representações sociais (15%), a configuração de identidades e subjetividades (14%) e as atitudes, crenças, valores e percepções sociais (13%). O cruzamento das informações relativas à modalidade da Psicologia Social e às temáticas de estudo abordadas permite, porém, uma análise mais pormenorizada dessa questão.

Nesse sentido, os estudos brasileiros têm optado por recorrer principalmente ao método correlacional ou comparativo, sem, no entanto, lançar mão de ferramentas mais poderosas de análise de dados, como, por exemplo, a modelagem de equações estruturais e outras análises multivariadas, que há alguns anos vêm sendo as estratégias de análise de dados mais adotadas nos estudos internacionais dessa natureza.A partir da interação desta ciência com suas técnica psicoterápicas e teorias, surge a sustentação para a Interpretação dos fluxos percebidos da realidade e com isso, podemos particularizar os Atendimentos com cada paciente.Afinal somos seres humanos e não maquínicos e dessa forma constitutivamente desamparados devida a nossa própria condição de humanidade.A psicologia evolutiva e, especificamente, a psicologia evolutiva dos humanos, ressurgiu nas últimas décadas.

Informações Legais

Ao defender que a Psicologia Social deveria concentrar-se no estudo experimental do indivíduo, na medida em que o grupo constituía-se tão somente em mais um estímulo do ambiente social a que esse indivíduo era submetido, Allport define os contornos da Psicologia Social Psicológica como uma disciplina objetiva, de base experimental e focada no indivíduo (Franzoi, 2007). A insuficiente qualificação para atuar em diversos segmentos de trabalho que demandam a elaboração de documentos psicológicos, tais como o campo jurídico, seleção de emprego, concurso público, porte de arma e procedimentos cirúrgicos, como a de cirurgia bariátrica, é um dos motivos que preocupa também o Conselho Federal de Psicologia (CFP), atento para o aumento no número de denúncias contra psicólogos. Tendo por principal centro de ataque a Psicologia Positivista e suas manifestações técnicas, dentre as quais, o ensino e a aplicação de instrumentos de testagem, os cursos passaram a valorizar as abordagens clínicas, tal como a Psicanálise, como forma de atrair os alunos com olhares voltados para as oportunidades de trabalho oferecidas por um mercado que estava em expansão. Portanto, aparentemente difícil mas não impossível de ser realizada, a psicanálise não se encerra na inoperância da associação livre. Freud em sua clínica se deu conta de que o objetivo da análise não era a rememoração e reviu suas teorias ao se interessar pelas repetições, principalmente pelas desagradáveis, se dando conta de que nem todo psíquico é regido pelo princípio do prazer. Na contemporaneidade continuam a surgir iniciativas voltadas para a formação do psicólogo para o trabalho na educação e a criação de novas formas de atuação.

Qual abordagem da Psicologia e mais científica?

Salvo referências a eruditos estudos antropológicos do que até então podia ser considerado como uma exótica curiosidade de culturas primitivas ou de fechados grupos religiosos, os psicólogos só tinham para repetir surradas lições de psicopatologia psiquiátrica, que logo se mostravam como inadequadas respostas àqueles que os procuravam  em busca de explicações e ajuda para entender e integrar tão extraordinárias vivências.Pois a maiêutica é o caminho pelo qual Sócrates especula ou dirige a especulação, centrado sobre o tema e talvez orientado pelas idéias previamente elaboradas.Em clássico ensaio denominado Pesquisas fisiológicas sobre a vida e sobre a morte, cujá primeira edição data de 1801 (consultei a de 1859), Bichat considera a vida, “modo geral de existência dos corpos vivos”, como o “conjunto de funções que resistem à morte”.Assim, o caráter dinâmico e transformacional dos processos de desenvolvimento caracteriza a relação entre as condições internas do sujeito, com suas características individuais e seu ambiente social.

Não são poucos os que vêem na Psicologia Transpessoal, a qual retoma a consciência como objeto central da Psicologia (ênfase que desde James havia sido abandonada), uma continuidade de seu trabalho. Esse grande luminar, cuja obra nas últimas décadas vem sendo redescoberta e retirada das empoeiradas páginas da História da Psicologia, é aclamado como precursor não só da Psicologia Transpessoal, mas também do movimento fenomenológico, humanista e existencial da Terceira Força. Em primeiro lugar, a Psicologia Humanista destaca-se como a corrente que, afastando-se do tradicional enfoque clínico de privilegiar o estudo das psicopatologias, passa a enfatizar a saúde, o bem estar, e o potencial humano de crescimento e auto-realização. Já em seu livro  Introdução à  Psicologia do Ser, de 1957, Maslow (s. d.) aponta para a necessidade do desenvolvimento de uma Psicologia da Saúde, criticando as teorias, como a Psicanálise, que generalizam suas conclusões sobre o ser humano a partir de dados obtidos quase que exclusivamente no estudo de indivíduos mentalmente perturbados, resultando conseqüentemente em um retrato pessimista e desabonador da natureza humana. Maslow, ao contrário, se propõe o estudo das mais saudáveis e admiráveis pessoas, por ele denominadas personalidades auto-atualizadoras, dando início à tradição humanista de abordar a Psicologia a partir do prisma da saúde e do crescimento psicológico. Tão forte é essa tendência que forneceu o termo Eupsicologia, cunhado nas primeiras tentativas de articulação e caracterização do movimento.

Contemporary Social Psychology: national and international main trends and perspectives

Os conhecimentos do campo da Psicologia da Educação trazem sua contribuição basta clicar na seguinte página da Web medida em que esta ciência busca compreender as subjetividades em relação, compreendendo a escola como um espaço no qual convivem diferentes sujeitos, com demandas e interesses singulares e no qual se constituem ao mesmo tempo em que constituem a escola e suas relações. Justamente aqui a teoria sócio-histórica encontraria espaço para contribuir e iluminar as práticas, já que desse ponto de vista o sujeito é entendido como histórico, situado em um contexto que o determina e, ao mesmo tempo, é por ele determinado. Assim, deveríamos, por meio dessa teoria, olhar a escola como uma instituição formada por sujeitos que estão inseridos em uma sociedade permeada por transformações, que interferem em sua constituição, mas esse sujeito singular é capaz de transformar a si próprio e ao outro e deve encontrar espaço para que essa transformação se efetive. A psicologia industrial-organizacional (psicologia I-O) é um subcampo da psicologia que aplica teorias psicológicas, princípios e resultados de pesquisas em ambientes industriais e organizacionais. Os psicólogos da I-O estão frequentemente envolvidos em questões relacionadas à gestão de pessoal, estrutura organizacional e ambiente de trabalho. As empresas geralmente buscam a ajuda de psicólogos de I-O para tomar as melhores decisões de contratação, bem como para criar um ambiente que resulte em altos níveis de produtividade e eficiência dos funcionários.

No campo da pesquisa, a Psicologia Humanista é marcada não só pela eleição de temas e faixas da experiência humana até então negligenciadas como objeto de investigação, mas também pelo desenvolvimento e utilização de inovações metodológicas. O instrumental de pesquisa e investigação desenvolvido e utilizado sob a égide da Terceira Força é bastante rico e diversificado. Enxergando o homem como um todo complexo e organicamente integrado, cujas qualidades únicas vêm de sua configuração total, rejeitam os humanistas as concepções elementaristas e fragmentadoras da psiquê. Retomando para o Movimento a proposta holista que Adler foi buscar em Smuts, e que de outra parte caracterizou a Psicologia da Gestalt, vêem no homem uma natureza tal que a totalidade da pessoa humana é sempre maior que a soma de  suas partes tomadas isoladamente. Em especial nas teorias desenvolvidas nos Estados Unidos – o ramo americano e mais caracteristicamente humanista do Movimento, e para o qual as idéias do neurologista e teórico gestaltista Goldstein foram especialmente influentes – a compreensão organísmica do ser incluí suas raízes biológicas. Assim, concebem o homem  como marcado pela necessidade, que vêem como intrínseca a  todo organismo vivo, de atualizar seu potencial e se tornar a totalidade mais complexa, organizada e autônoma que for capaz.

Formación en Psicología y las Demandas Sociales Contemporáneas: una Perspectiva

Ao contrário do Behaviorismo e da Psicanálise, entretanto, nem a Psicologia Humanista nem a Psicologia Transpessoal podem ter suas origens associadas a determinado autor ou escola, embora líderes e expoentes possam ser identificados. Ambas se constituem, na verdade, como movimentos congregadores de profissionais e abordagens de origem, por vezes, bastante diversa e independente. Embora se trate de uma obra de dez volumes, a Völkerpsychologie ficou relegada durante muito tempo a um segundo plano nos próprios livros sobre a história da psicologia. Mueller (1979) salienta, por exemplo, que Boring (1929, citado por Muller, 1979), dedicou 700 páginas à obra de Wundt, se limitando a dez linhas ao comentário da Völkerpsychologie, obra que o próprio Wundt definia como "a história natural do homem" (Mueller, 1979, p. 13) e que, segundo ele próprio, "poderia dar a resposta científica ao problema dos processos mentais superiores" (p. 13). A) no âmbito da psicologia histórico-social e étnica, que estuda o desenvolvimento histórico do comportamento e seus distintos graus e formas; b) no âmbito da investigação das funções psíquicas superiores, isto é, as formas superiores da memória, a atenção, o pensamento verbal ou matemático e assim por diante; e c) a psicologia infantil e pedagógica.

Na medida em que um comportamento é afetado pela genética, um comportamento, como qualquer característica anatômica de um ser humano ou animal, demonstrará adaptação ao ambiente. Esses ambientes incluem o ambiente físico e, como as interações entre organismos podem ser importantes para a sobrevivência e reprodução, o ambiente social. O estudo do comportamento no contexto da evolução tem suas origens com Charles Darwin, o co-descobridor da teoria da evolução por seleção natural. Darwin estava bem ciente de que os comportamentos deveriam ser adaptativos e escreveu livros intitulados The Descent of Man (1871) e The Expression of the Emotions in Man and Animals (1872), para explorar esse campo. Ademais, muitos desses estudos apoiam-se em referenciais frágeis, o que os impede, muitas vezes, de conterem hipóteses sólidas e fundamentadas em evidências teóricoempíricas, característica também marcante nos estudos internacionais. Acrescente-se a isso o fato de que os desenvolvimentos mais atuais no cenário internacional, como a Psicologia Social Evolucionista e a Neurociência Social, têm sido abordados apenas de forma esparsa e, ainda assim, em artigos teóricos. Urge, portanto, que os psicólogos sociais brasileiros adeptos da Psicologia Social Psicológica incorporem os aspectos mencionados em seus futuros trabalhos de investigação, de modo a que eles possam se tornar competitivos no cenário internacional.

A descrença na eficácia da educação, e, ao mesmo tempo, as necessidades impostas pela vida levam os pais a deixarem os filhos em algum lugar para poderem trabalhar. Isso faz da escola um espaço ainda mais cheio de contradições e, cada vez mais, sem saber como lidar com as expectativas de seu público. Vigotski dá ênfase ao aprendizado socialmente elaborado, promovido pela escola, que se constitui como essencial para o desenvolvimento do indivíduo. Para ele, a educação formal, ainda que não seja a única socialmente instituída, constitui uma via de acesso ao conhecimento científico, fruto de uma produção social e cultural.

Reflexo da diversidade da disciplina é a diversidade vista na American Psychological Association (APA). A APA é a maior organização de psicólogos do mundo e sua missão é avançar e disseminar o conhecimento psicológico para a melhoria das pessoas. Existem 56 divisões dentro da APA, representando uma ampla variedade de especialidades que vão desde Sociedades para a Psicologia da Religião e Espiritualidade até Psicologia do Exercício e do Esporte até Neurociência Comportamental e Psicologia Comparada. Refletindo a diversidade do próprio campo da psicologia, membros, membros afiliados e membros associados abrangem todo o espectro de estudantes a psicólogos de nível de doutorado, e vêm de vários lugares, incluindo ambientes educacionais, justiça criminal, hospitais, forças armadas e indústria (americana Associação Psicológica, 2014). Antes de obter seu doutorado, ele foi instrutor adjunto na Wilberforce University, uma faculdade/universidade historicamente negra (HBCU), enquanto atuava como professor no Antioch College. Eventualmente, ele se tornou o primeiro presidente da Clark University em Massachusetts quando ela foi fundada (Pickren & Rutherford, 2010). Em revisão recente sobre a Psicologia Social Crítica em seu país, Montero e Montenegro (2006) assinalam que ela se caracteriza principalmente por questionar os modos de produção de conhecimento e prática da Psicologia e perseguir a transformação social e a relevância social da pesquisa e intervenção sobre os problemas sociais que assolam o país.

A escola é um dos lugares mais significativos na vida da criança ou do jovem, pois é nesse ambiente que eles passam mais da metade de seu tempo diário. Nesse espaço, ampliam seus relacionamentos interpessoais, sua rede de contatos sociais e entram em contato com uma série de conhecimentos e vivências. Portanto, há que se questionar se as ações sociais e pedagógicas dessa instituição estão educando para a saúde, dado o cenário que observamos, que evidencia um enfoque mais inibidor do que propulsor de um desenvolvimento saudável, a começar pela etapa inicial desse processo, que é a educação infantil. É um espaço constituído por pessoas, psicologia adolescencia por subjetividades em relações (SOUZA, 2005), gerando, dessa forma, um emaranhado complexo de relações e conflitos, resultantes das interações em que concorrem valores, crenças, experiências e motivações, sempre permeados de afetos.

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